sábado, 18 de abril de 2009

Os tempos quentes haviam chegado e com eles as férias. Estava de férias, porque tinha direito a elas, porque se havia esforçado durante todo o ano. Tinha sido aumentado, pela prestação de um serviço de qualidade. A sua eficiência e competência haviam convencido o seu patrão, dando-lhe direito mais tarde, a uma reformulação das suas competências dentro daquela pequena loja de música.
Nesse ano, as suas primeiras férias foram passadas na cidade. Deslocou-se à praia, mas acabara por desistir. As noites eram sempre passadas ao pé de amigos que tal como ele dispunham dos mesmos gostos musicais. Ficava sempre a dormir até tarde.
Hoje com 36 anos de idade, ainda sente o cheiro a tabaco que ficara na roupa depois de uma noite bem passada. O poder desinibidor que o álcool tinha, fazia dele um comunicador nato, e muitas das vezes fazia-o subir para as colunas de algumas danceterias por onde havia passado. As ressacas, as lágrimas, as noites mal dormidas e as paixões pujantes que sentia, faziam parte da sua juventude, faziam parte daquela cidade.

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