terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Joana abandonara a cidade com um gosto muito amargo, gosto esse que iria fazer-lhe companhia por muitos anos da sua vida. Não foi fácil, nada fácil.
Joana tinha saído e ele ficara sozinho com a cidade. Sozinho e de mal para com a vida. Triste, muito triste, tão triste, que por momentos se apagou para a vida.
Depois de alguns meses passados, ele recuperou a sua disposição e abraçou entretanto novos objectivos. O novo trabalho que lhe aparecera vinha marcar para sempre a sua vida e servia como ponte – uma margem, o passado, a outra, o momento a partir do qual a sua vida mudou.
A discoteca era grande, tinha um letreiro exterior iluminado a duas cores. Haviam cd’s, muitos cd’s, milhares deles. Numa outra parte, discos de vinil e alguns livros que eram dispostos por prateleiras. Organizados por tipo e depois por ordem alfabética.
Ir trabalhar para uma loja de música foi sem dúvida o primeiro passo para o melhor dos dois mundos: a música.